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Brasil começa a expor o que tem de singular, inovador e sustentável na Expo 2020 Dubai

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Considerado o maior evento do globo de posicionamento dos países perante a comunidade internacional, a Expo Dubai está em curso, depois de anos de preparação.

A abertura oficial do Pavilhão do Brasil ocorreu nesta sexta-feira, 01 de outubro, com corte de fita. O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, participou da solenidade, acompanhado do ministro do Turismo, Gilson Machado, do embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, entre outras autoridades.

“O pavilhão que acabamos de inaugurar simboliza as maiores riquezas do nosso Brasil”, disse Hamilton Mourão.

Ele destacou a importância do espaço para promover relações comerciais estratégicas, bem como oportunidades de mercado e negócios.

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“A Expo Dubai consagra o momento de renovação, quando finalmente superamos a parte mais difícil da pandemia”, celebrou.

Durante seis meses, até 31 de março de 2022, o Brasil e outras 191 nações, instaladas em pavilhões nacionais distribuídos por uma área de 4.380 m2, localizada entre Dubai e Abu Dhabi, vão expor o estado da arte do que vem sendo feito de singular, inovador, tecnológico e sustentável em diversos setores econômicos a cerca de 25 milhões de pessoas que devem circular pelo megaevento.

Para o gerente de exposições universais e projetos especiais da Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), Elias Rodrigues Martins Filho, o Pavilhão nacional servirá de plataforma para parceiros.

“Essa é a casa do Brasil em toda a região do Golfo neste momento”, afirmou o também Comissário-geral do Brasil Expo 2020 Dubai.

Pavilhão

O Pavilhão do Brasil, organizado pela Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), tem quase 4 mil metros quadrados e está instalado no distrito Sustentabilidade — um entre os três distritos temáticos da Expo (os outros são Oportunidade e Mobilidade).

Essa “casa brasileira” vai mostrar aos mais de 3,5 milhões de visitantes ao longo de todo o evento o que o País tem de melhor em cultura, tecnologia, gastronomia, recursos naturais e muito mais. 

O projeto arquitetônico do Pavilhão já é, em si, uma grande vitrine para o que o Brasil tem de mais moderno e inovador em termos de arquitetura. A concepção do Pavilhão é a prova viva dos avanços tecnológicos do País, com soluções sustentáveis.

A expectativa é que a Expo Dubai gere cerca de US$ 500 milhões de negócios em exportações para o Brasil, e em torno de US$ 10 bilhões em investimentos, com potencial para gerar mais de 20 mil novos empregos.

Atrações

Ao longo de toda a Expo, o Pavilhão brasileiro vai receber delegações das três esferas públicas (federal, estadual e municipal), que desenvolverão diversos tipos de atividades; empresários, investidores, startups, empreendedores e representantes setoriais.

Contará com nove fóruns temáticos de negócios, 150 oportunidades de investimentos apresentadas ao mercado, 94 eventos de atração de investimentos de grande porte, nove plataformas de matchmaking e de divulgação de produtos, três summits globais com foco em regiões selecionadas, nove exposições temporárias de parceiros e clientes, bem como de unidades da federação, para apresentarem suas mensagens e soluções.

Há grande expectativa em relação ao sucesso de visitações do Pavilhão brasileiro, uma vez que na última Expo, realizada em Milão, em 2015, o pavilhão brasileiro foi o segundo mais visitado, ficando atrás apenas da Itália, país sede naquele ano.

O pavilhão foi projetado pelos escritórios JPG.ARQ, MMBB e Ben-Avid. E o mobiliário que comporá o espaço foi assinado pelo renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha, falecido este ano, em parceria com a fábrica de móveis OVO – obras primas que vão saltar aos olhos do visitante.

Todo o projeto arquitetônico foi definido com premissas de sustentabilidade, tais como uso de sistema BMS (automação predial), para monitoramento e controle do consumo de energia e água. Trata-se de um sistema computadorizado que controla e monitora os equipamentos mecânicos, hidráulicos e elétricos do edifício, como ventilação, iluminação, sistemas de produção de energia térmica, sistemas de prevenção e combate a incêndio e sistemas de segurança.

Ele garante uma operação inteligente e sustentável dos sistemas de engenharia do pavilhão; uso de luminárias de baixo consumo, tipo LED; reaproveitamento de água proveniente de filtros de retrolavagem (do espelho de água), água de condensados do sistema de climatização e aproveitamento de água da chuva.

Além disso, a “casa do Brasil em Dubai” vai promover os mais incríveis destinos brasileiros para alavancar o turismo. 

O espaço reproduzirá a Floresta Amazônica, com 125 megaprojetores dando vida à biodiversidade do país, e também imagens dos patrimônios históricos, culturais, festas populares, cidades brasileiras, fontes de energia renováveis.

A água é um recurso que vai ocupar metade do pavilhão, inspirado nos rios brasileiros, especialmente no Rio Negro, o maior afluente esquerdo do Rio Amazonas e um dos maiores rios da nossa hidrografia.

A experiência será reforçada por uma atividade da Embratur que, na primeira semana de outubro, vai expor os destinos turísticos brasileiros.

A experiência sensorial e estética será complementada pela experiência gastronômica. Ao longo da Expo haverá cooking shows com chefs brasileiros apresentando culinárias típicas de cada bioma nacional: Cerrado, Pantanal, Caatinga, Amazônia, Pampa.

Também terão destaques os cafés brasileiros, com degustação e shows de baristas no Pavilhão, em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

O setor de biocombustível e bioeletricidade também terá amplo destaque. A Única, maior organização representativa do setor de açúcar e etanol do Brasil, vai apresentar a produção brasileira de biocombustíveis e etanol, a neutralização de carbono na indústria brasileira de açúcar e álcool.

Será apresentado o que o País tem investido em bioeletricidade (para automóveis elétricos), e as políticas de incentivo de consumo do etanol do país além dos benefícios deste biocombustível para o meio ambiente.

Terá destaque ainda no Pavilhão o Programa Espacial Brasileiro e, relacionado a ele, a tecnologia e inovação do Brasil neste campo, a partir de apresentação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) no Pavilhão do Brasil.

A Embraer, por sua vez, promoverá uma experiência imersiva apresentando a história da aviação e da tecnologia no Brasil, trazendo alguns dos projetos mais avançados para um futuro próximo focado em viagens limpas de alta tecnologia.

Crédito da imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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