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Brasil deixa de faturar R$ 2,62 bilhões sem a temporada 2020/2021 de cruzeiros

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O setor de cruzeiros mundial reuniu, em 2019, cerca de 30 milhões de cruzeiristas, com 1,8 milhões de empregos gerados e mais de 154 bilhões de dólares de impacto.

Mas em 2020, tudo virou de cabeça para baixo. Em março todas as operações paralisadas, seguido pelo desembarque e repatriação de todos os hóspedes e tripulantes em condições desafiadoras com muitos portos e fronteiras fechadas, além de poucos voos disponíveis em operação.

O impacto da paralisação em todo o mundo, calculado pela CLIA global, é de 77 bilhões de dólares para a economia e perda de 518 mil empregos.   

Nos meses que se seguiram, as empresas de cruzeiro investiram nos melhores protocolos existentes para reforçar o que já era muito robusto em seus navios, com os melhores especialistas, médicos e cientistas, e em parceria próxima com os diversos órgãos de saúde mundiais e locais.

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Com estes mais modernos protocolos, as operações foram retomadas na Europa, na Ásia e no Sul do Pacífico. 

No caso do Brasil, não foi possível avançar com a Temporada 20/21, prevista para início em novembro de 2020 e término em abril de 2021. Estavam programados nove navios com uma oferta próxima dos 620 mil leitos, um aumento de 17% em relação a temporada passada.

De acordo com a CLIA-Brasil vínhamos de três anos consecutivos de crescimento e esta seria a quarta temporada com números positivos. 

As perdas para o país são muito relevantes, calculadas a partir do Estudo da FGV para a temporada 2019/2020.

O Brasil perde mais de 2,62 bilhões de reais em impacto econômico e 39,5 mil empregos deixam de ser gerados, um enorme prejuízo para o país, para as cidades nas quais são realizadas as paradas e para as empresas.

Cada cruzeirista que visita uma cidade em uma escala deixa um impacto de R$ 557 e gera empregos para toda a economia local em bares, restaurantes, passeios, no comércio e ainda estimulam o retorno das pessoas para uma estadia futura naquelas cidades. 

“Escalamos com nossos navios em mais de 20 cidades no Brasil, que infelizmente não terão nenhuma parada nesta Temporada de Verão, não só com os nove navios dedicados ao Brasil, mas com os cerca de 33 outros que fazem volta ao mundo e deixarão de nos visitar”, aponta a CLIA-Brasil. 

A retomada está avançando em todo o mundo, com conversas e diálogos com as autoridades e, muito provavelmente, o setor de cruzeiros estará de volta com os navios no primeiro quadrimestre de 2021 no Caribe, África do Sul, Emirados Árabes, EUA, Canadá, México, Austrália e Japão, além de outros países na Europa. 

Essa retomada, que já teve mais de 200 saídas em todo o mundo desde julho, se deve aos protocolos avançados adotados pela CLIA e seus associados, que podemos resumir assim: 

– Embarque – Teste pré-embarque em todos os hóspedes com triagem rigorosa. Tripulantes com três testes antes do embarque e a cada semana a bordo. 

Procedimentos a bordo – Uso de máscaras, distanciamento, menor ocupação, ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes.  

– Saúde a bordo – Plano de contingência, corpo médico especialmente treinado para avaliações constantes, estrutura com todos os modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes. 

– Excursões – Protocolos especiais, coordenação com os municípios, cancelamento do reembarque para hóspedes que não cumprem as regras. 

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