POR SERGIO MOLINA
A criatividade dos brasileiros é reconhecida mundialmente como um atributo comum à nossa personalidade. Não à toa as campanhas publicitárias feitas no país são case no cenário internacional.
Essa capacidade de desenvolver soluções para os problemas e pensar, como dizem, fora da caixa faz com que muitos projetos desenvolvidos aqui sejam referência também no exterior.
Isso porque a forma como as marcas vêm se comunicando com seu público-alvo é, de fato, cada vez mais inovadora.
Hoje, o que encontramos no mercado não é mais a simples exposição de uma marca, é uma ativação para gerar conexão com ela.
Seja através de uma propaganda, uma atividade ou uma decoração, o objetivo é sempre gerar uma experiência para o consumidor. E isso vem mudando a realidade dos centros comerciais do país.
Não é difícil entender. O e-commerce cresce progressivamente. O valor gasto nas compras online cresceu 10% no ano passado em relação a 2022, segundo a ABComm, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. A praticidade do consumo virtual é inquestionável.
Então porque se deslocar a um shopping, por exemplo? A oportunidade de viver uma nova experiência pode ser uma das respostas.
Por isso, mais do que um centro de compras, esses espaços, que sempre fizeram parte do cotidiano de brasileiros de todas as regiões e classes sociais, se moldaram e se transformaram em locais de convivência e entretenimento. E, neste cenário, voltaram a ter protagonismo para muitas marcas.
Isso contou com a evolução do setor, claro. Que investiu em piscina de bolinha gigante, balões, escorregador, iluminação, cenário de filmes internacionais, entre outras iniciativas, para criar espaços extremamente atrativos até para os defensores mais fervorosos do “ficar em casa”.
Quando criamos na C+E, por exemplo, a ativação “Disney Princesa – Esse Momento é Seu”, com ambientes interativos inspirados nas histórias das princesas da Disney, praticamente obrigamos os pais a levarem seus filhos ao shopping.
Essa e outras iniciativas tornaram necessário ir a esses locais para ter essas vivências. E aí todo mundo ganha: quem viveu aquilo, a marca que apostou no negócio, o shopping que atraiu um novo público e até mesmo as lojas que estão ali e acabam impactando também o visitante.
Mas a conversa ainda pode ir além. Isso porque onde tem público, tem consumidor. Essa percepção fez com que as ativações chegassem aos aeroportos, a feiras de negócios, centros de exposições, festivais… É o que o live marketing vem fazendo no país.
A tendência de envolver o público e trazê-lo para perto de uma marca chega cada vez mais longe e se torna a grande aposta do mercado publicitário brasileiro.
O nosso mercado é inovador e antenado às exigências da sociedade. Pensa em iniciativas sustentáveis e inclusivas para se conectar sempre ao maior número de pessoas.
Ressignifica espaços e dá as diretrizes para o que será tendência muito em breve também no exterior. E, assim, a gente vai se tornando cada vez mais referência em um mercado tão competitivo e com tanto potencial de crescimento ainda.
*Sergio Molina é CEO da C+E – Criadores de Experiências, empresa que proporciona vivências únicas de encantamento por meio de interatividade