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Empregos no segmento de eventos já atingem índices pré-pandemia, aponta ABRAPE

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Cadeia produtiva que envolve 52 atividades econômicas, o hub do setor de eventos de cultura e entretenimento é um dos principais vetores da retomada da economia no cenário pós-crise provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19).

De acordo com Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE) com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência, o segmento deve superar, até o final do ano, o índice de empregos gerados em 2019, portanto, antes das medidas de isolamento. 

Para a associação, isso é resultado de medidas setoriais adotadas durante a crise.

Os dados apontam que, entre janeiro e julho, os setores do hub envolveram 3.493.310 trabalhadores, índice bem próximo ao aferido ao longo de todo o ano de 2019 (3.509.431).

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“Importante destacar que, no início do ano, ainda sofremos com os efeitos da variante Ômicron. Portanto, o crescimento até o final do deverá ser substancialmente maior”, ressalta Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.

“Quando defendemos políticas voltadas para a proteção das empresas durante a fase aguda da pandemia, sempre argumentamos que o setor teria capacidade de voltar a gerar empregos e movimentar a economia de forma imediata. Estes dados comprovam isso”, completa.

O executivo está se referindo ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186).

Abrangem cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades. 

PIB

O desempenho positivo do hub de eventos de cultura e entretenimento (operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem etc.) vem impactando diretamente nas taxas de crescimento do segmento de serviços do PIB.

Nos últimos 12 meses, houve um aumento acumulado de 12,3%. No mesmo período, o PIB da indústria cresceu 0,1% e o da agropecuária teve um decréscimo de 5,5%.

“No momento, é o setor de eventos que está impulsionando o PIB do país para cima, por ter um desempenho acima da média”, reforça o presidente da ABRAPE.  

Doreni Caramori Júnior alerta que, mesmo com as boas notícias, o processo de recuperação ainda está em andamento.

“As empresas do setor ainda se recuperam dos efeitos econômicos nocivos da longa paralisação”, afirma.

“Além disso, há o fator mão de obra, pois muitos profissionais procuraram outras formas de sobreviver no período. Recuperar essa mão de obra qualificada para manter o padrão de qualidade dos eventos ainda é um desafio”, completa.

O hub envolve 6,2 milhões de pessoas no país, entre empregadores, empregados e microempreendedores individuais (MEIs).

Representa um total de 647.828 empresas, 2.460.555 MEIs, que movimentam R$ 62,4 bilhões em massa salarial e R$ 41,9 bilhões em impostos federais. O faturamento é de R$ 334,2 bilhões (4,52% do PIB).

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