Entrevista com Silvana Torres (Mark Up) sobre os impactos do COVID-19 no setor

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Silvana Torres migrou de uma carreira consolidada em engenharia para o mercado de marketing e em 1994 e fundou a Mark Up. Especialista em Marketing Promocional pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), onde atuou posteriormente como professora, Silvana é autora do livro Marketing de Incentivos (Editora Atlas), e participou de diversos congressos internacionais. Foi ainda conselheira e vice-presidente da AMPRO (Associação de Marketing Promocional).

Como você avalia os prejuízos para o setor de eventos do Brasil com o COVID-19?

Acredito que não só o setor de eventos, mas o mercado como um todo sofrerá com os impactos da pandemia. Mas, no momento em que vivemos, com o governo estabelecendo sérias medidas de prevenção para que não ocorra aglomeração de pessoas, nosso segmento terá que se adaptar e pensar em alternativas mais inovadoras, tecnológicas e digitais. Podemos nos inspirar na inciativa de vários artistas em transmitir shows pela internet, como forma de estar em contato com seus fãs e amenizar a parte negativa de estar em isolamento social. Com criatividade e tecnologia nas mãos, acredito que nosso mercado tem total capacidade e competência para adaptar as ações presenciais.

Quais as estratégias que a empresa está adotando para enfrentar este período que deve se prolongar nos próximos meses?

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A nossa estratégia está focada na missão de não deixar a engrenagem parar. Nossa força de trabalho é formada por pessoas e sabemos que, sem elas, as empresas de Live Marketing não são nada. Por isso, preocupadas com o bem-estar de todos nossos colaboradores, instituímos o formato home-office. Todos estão engajados e focados para não deixar o trabalho parar. Quando há a necessidade de algum alinhamento interno ou com o cliente, temos todo o ferramental online e de telefonia para fazer acontecer as reuniões. Nossa equipe como um todo é muito integrada, presencial ou remotamente, por isso, acreditamos que, apesar de ser uma fase de muito aprendizado e adaptação, os projetos serão tocados. Estamos acompanhando os movimentos do mercado.

Após toda a crise passar, quanto tempo você avalia para o setor se recuperar?

Avaliando com base nas notícias de eventos desse primeiro semestre que estão sendo adiados para o segundo, acredito que os próximos três meses ainda poderão ser difíceis para o setor. Mas, ainda é difícil mensurar as perdas. Acredito, também, que é nas adversidades que precisamos nos unir para encontrar alternativas para seguir com o nosso trabalho. Como falei, a inovação, a tecnologia, o digital estão a nosso favor. E eu tento ver as coisas de uma maneira mais otimista, confio que, a partir de julho, o setor retomará a normalidade aos poucos.

Quais conselhos você daria para empresas e profissionais do setor de eventos para enfrentar este período?

Acho que este é um momento de união na área de Live Marketing. Não podemos sucumbir ao pânico. Precisamos usar essa fase para algo útil e produtivo, estudar as melhores práticas, refletir sobre as melhores estratégias, visando resultados positivos para agências, fornecedores, marcas, além do bem-estar de funcionários e público. Ou seja, visando a sobrevivência do nosso mercado. Aos poucos os brasileiros estão se conscientizando da gravidade do problema. Não estamos na idade da pedra ou numa guerra. Temos tecnologia e informação à nossa disposição. Para nós, do Live Marketing, é uma fase e, se todos fizerem a sua parte, ela logo passará e a nossa atividade, assim como a economia do país e de todo o mundo, voltará aos eixos.

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