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ESGOTAMENTO DOS FORMATOS

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Por PO (Paulo Octavio Pereira de Almeida)

Se você tem um poder de observação mais aguçado, vai concordar comigo…

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 não será mais em um ESTÁDIO
Será as margens do Rio Sena…
As pessoas perderam o hábito de ir ao CINEMA ver um filme de 2 horas
Mas ficam em casa “maratonando” uma série de 8 capítulos de 1 horas cada….
O show ao vivo de maior sucesso em 2023 (“A tardezinha”) demora 5 horas e não tem BIS…
A relevância continua sendo a principal regra… Seja um evento, um show ou um filme…
Mas os formatos estão evoluindo. Alguns na minha opinião estão “esgotados”

Crachá, sala com cadeiras, apresentação em PowerPoint, pausa para o café! SÉRIO? 
Feira de negócios de 3 dias com corredores de tapete vermelho? AINDA NESSA FASE?
Festa de casamento com banda, música animada e mesa de “bem-casados” na saída! OI?

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Às vezes não nos questionamos sobre os formatos existentes e propostos, pois “isso sempre foi feito assim” (ISFFA para os íntimos). Mas antigamente quando queríamos enviar uma mensagem a um grupo de pessoas mandávamos um E-MAIL, não é mesmo? E hoje em dia, fazemos como? Você continua enviando e-mails? Quais deveriam ser os formatos ideais dos eventos e a forma de comunicá-los a sua audiência? Você já se questionou sobre isso?

Aqui vão as minhas dicas…

1) DEDICAÇÃO AO TEMA (ou RELEVÂNCIA) se você não dominar o TEMA do seu evento e NÃO ser visto como um membro ativo da comunidade em questão, as chances de fracasso são grandes. Pode durar 5 horas ou 5 dias. Pode ter tapete vermelho ou de palha! Não vai rolar…
2) AUDIÊNCIA NO CENTRO DAS SUAS DECISÕES. Você organiza um evento para um grupo de pessoas, ou uma comunidade específica, portanto, não adianta organizar sob a sua perspectiva Só vale a opinião dos participantes ideais do evento. Se não for planejado o evento ao redor das expectativas, agenda e gostos da audiência, as chances de fracasso são gigantes…
3) NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS E FORMATOS. Não deixe que o ISFFA seja o decisor das suas ações. Repense. Mas com novos olhares e novas perspectivas, pois vale o velho ditado…
se perguntássemos aos usuários das carroças no final do século XIX o que eles queriam de evolução, a resposta seria- carruagens mais rápidas – nunca carros movidos a gasolina

A análise do esgotamento dos formatos pode ser superficial, mas, ao mesmo tempo, demonstra claramente que no pós-pandemia, na época do “over turism”, do trabalho remoto, economia das experiências, mundo digitalizado, agenda ESG… existe uma nova perspectiva e cabe a nós gestores de comunidades (também conhecido como organizadores de eventos) observar o que está ocorrendo ao nosso redor e interpretar essas tendências a nosso favor.

Por mais contraditório que possa parecer, em um mundo cada vez mais digitalizado e sustentável as experiências imersivas presenciais estão valorizadas como nunca estiveram, tanto pelas pessoas como pelas marcas. Vivemos uma “bonança pós pandêmica” no setor de eventos como nunca poderíamos ter imaginado. Agora cabem aos gestores destas experiências se questionarem quando estiverem planejando seus eventos. O ISFFA é que manda ou sou eu?

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