Estamos todos no mesmo barco?

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POR JOSÉ ROBERTO SEVIERI

Acho muito estranho quando alguém diz que estamos no mesmo barco. Até entendo se alguém disser que estamos no mesmo oceano, mas no mesmo barco?

Tem gente de lancha de 30 pés, tem outros em transatlânticos, uma maioria em barcos a remo e muitos em barcos sem remo, tendo que remar na mão mesmo, além de outros que estão em pranchas, mais alguns em boias e muitos tendo que efetivamente ficar boiando para não afundar.

A pandemia atingiu alguns setores de forma mais severa do que em outros. O setor de eventos que o diga. Um grande tsunami se abateu sobre todos. Grandes, médios e pequenos.

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Os que tinham reservas e até matrizes internacionais conseguiram passar estes momentos com dificuldades menores que os outros sem estas relativas vantagens, mas também com sofrimento.

Não será do dia para a noite que este oceano se acalmará. As ondas estão fortes, a maioria das embarcações frágeis e o fortalecimento virá com o tempo, para que possam manter as necessidades do presente, os investimentos do futuro e abrandar os pesadelos do passado.

Vários já naufragaram e não vão conseguir voltar à tona, mas os que estão ainda na superfície precisam ficar sintonizados que devem fazer o seu movimento com a máxima agilidade possível, pois ficar acreditando que “todos estão no mesmo barco” poderá significar que não adianta lutar e sim que deve esperar que os outros levantem para que chegue a sua vez de levantar, por osmose, através do movimento dos outros.

Isto não irá acontecer. Ou cuida da sua sobrevivência, sem olhar para o lado ou não verá mais ninguém, pois estará no fundo do mar.

*José Roberto Sevieri é promotor de feiras, administrador de empresas, CEO da Proma Feiras e Vice-Presidente da ADVB – Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas do Brasil e Vice-Presidente da ANATEC – Associação Nacional das Empresas de Comunicação Segmentada.