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O que será de nós quando tudo isso acabar? Como vamos nos relacionar com as pessoas? Com nosso trabalho? Com nossa academia? Com nosso… com nós mesmos?

Diariamente somos bombardeados com pesquisas endossadas por iniciativas de sabe lá quem, dizendo como o mundo vai reagir após a pandemia. Empresas, profissionais, mentes brilhantes que rodam a roleta e tentam garantir o título de “Ah, viu só. Eu avisei!”. Tão frustrados quanto eu em meu home office, economizando roupa e louça para evitar a fadiga.

New Normal? Só pode ser brincadeira. Que mania inútil de dar nomes estrangeiros para tudo. Tenho certeza, mais que absoluta, que é coisa de publicitário e marqueteiro. Só pode! Não vou nem me apegar muito e me irritar com os termos dados para esse momento. Já me basta o tal Lockdown, que tira qualquer um do sério. Coronavírus, COVID-19, SARS-CoV-2 ou Gripezinha? Como é que vão achar a cura se não decidiram nem como vamos chamar o vírus? Uma pessoa, para quem trabalhei, já dizia “É fundamental darmos boas definições!”. Acho que ele tem razão.

Enfim, vou lá eu fazer minhas previsões também.

Certo é que temos três fases: Surto, Recuperação e Retomada. O Surto sem muitas explicações, é o momento atual e estamos sim numa grande merda. Recuperação trata-se da forma progressiva com que evoluímos e voltamos, gradativamente à vida normal com controle da pandemia. Essa etapa está igual obra pública por aqui, sempre surge um imprevisto. Retomada, que é onde entram os visionários, que me encaixo agora.

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Meu estudo, feito por mim mesmo, sem consultar ou pesquisar um ser humano sequer, aponta que: seremos exatamente como sempre fomos. Nada muda, absolutamente nada! Estamos apenas fazendo um Circuit Breaker – to pegando gosto por esses termos – no melhor estilo Pugliesi. Pausamos o sistema global por tempo indeterminado para voltarmos à vida normal, ainda esse ano. Mais especificamente e com previsões exatas, no dia 17 de outubro de 2020, às 19h00 no Pinho.

Querer me vender que de agora em diante a tendência é Live do Bruno e Marrone? Em 2001 o Brasil comprava aos montes o DVD pirada do Acústico Ao Vivo da dupla. Bebia, chorava e cantava em uma só voz “Dormi na Praça”.

Novas formas de se exercitar em casa? Aplicativos e elásticos para estímulos musculares? Esquece! Isso não dá certo. Caso se torne uma tendência, quem for adepto fará escondido. Nenhum ser humano com o juízo no lugar fica em casa com um tapete emborrachado pulando e fazendo movimentos aletórios e estranhos. A chance de termos um aumento nos casos de acidentes domésticos é enorme. Digo por experiência própria. O elástico arrebentou e me chicoteou. Fora que fazia isso antes da mulher e filho acordarem. Onde ficaria minha dignidade se fosse pego nessa situação?

Cursos online e lives de “conteúdo”. Nunca vi na vida tanta gente sem a menor condição de ensinar alguma coisa ou dividir uma experiência que seja realmente significativa reunida num mesmo ambiente. Eles deveriam ser enquadrados como propagadores de Fake News.

Enfim. Não existe a menor condição do mundo mudar.

Algumas tecnologias apenas ganharão aplicações diferentes. Mas dizer que as relações serão diferentes entre nós, não dá. Qualquer atividade física exige interação, por menor que seja, caso contrário não tem aderência. Cursos onlines existe faz tempo, muito tempo e nem vamos entrar nesse mérito. E as lives? Quer dizer deixarão de existir? Esse não é o ponto, o ponto é que não tem nada de novo nisso. É um show exibido ao vivo por um canal totalmente gratuito que atinge milhões de pessoas de uma vez. O que muda é só o veículo. Antes uma emissora e agora uma plataforma de streaming. Ah, mas o artista pode vender o ingresso e criar uma nova forma de fazer isso. FloGrappling já faz isso há tempos, vendendo acessos às coberturas ao vivo de campeonatos de jiu jitsu pelo mundo.

Não é uma visão rebelde e pessimista sobre nosso futuro. É apenas uma forma de dizer, no dia 17 de outubro de 2021, “Ah, viu só. Eu avisei!”.

 

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Photo by Dominik Vanyi on Unsplash

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