A UFI – The Global Association for the Exhibition Industry (Associação Global para a Indústria de Exposições), lançou sua mais recente edição da sua pesquisa (Barômetro), que mede o pulso da indústria de feiras em todo o mundo.
Esta última edição da pesquisa semestral da UFI foi concluída em julho de 2018 e inclui participação recorde de 312 empresas em 55 países. O estudo oferece perspectivas e análises para 14 principais mercados: Austrália, Brasil, China, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Macau, México, Rússia, África do Sul, Tailândia, Reino Unido e EUA. Além disso, quatro zonas regionais agregadas foram analisadas.
Uma das principais indicações do relatório da UFI é que, pela primeira vez nos últimos 10 anos, todas as quatro regiões globais relataram um desenvolvimento positivo simultaneamente. Em termos de lucro operacional, a maioria das empresas manteve um bom desempenho em 2017, e mais de 40% das empresas de todas as regiões declararam um aumento de mais de 10% em relação a 2016.
Os resultados também indicam que a principal preocupação para os negócios deste setor continua sendo o “estado da economia nacional/regional” (listado por 24% de todos os que responderam). Esta questão segue a frente de “Concorrência na indústria” e “Desenvolvimentos econômicos globais” (listados por 18% de cada entrevistado).
Pelo segundo ano consecutivo o barômetro incluiu uma seção com foco no processo de digitalização da indústria de exposições. O título “Índice de Implementação de Digitalização – DIX”, subiu ligeiramente para +32 (+1 em relação ao ano passado).
“Estamos satisfeitos em ver a confirmação do crescimento do setor em 2018 acontecer em todas as regiões do mundo. Ao mesmo tempo, a incerteza geopolítica e as mudanças específicas da indústria sugere que sejamos cautelosos com o restante do ano”. Também notamos que uma ampla gama de empresas, no mundo todo, está adotando a digitalização de nossa indústria”, afirma Kai Hattendorf, Diretor-Geral e CEO da UFI.
Confira abaixo os dados:
Desenvolvimentos econômicos
Em relação ao volume de negócios para os dois semestres de 2018 e o primeiro semestre de 2019, as quatro regiões globais relataram que a maioria das empresas declarou um aumento no volume de negócios, mas estão incertos sobre como será no próximo ano. Esta incerteza atinge cerca de sete a cada 10 empresas nas Américas, na Ásia / Pacífico e também na Europa.
Ainda na Europa, mais de 8 empresas (em cada 10) têm expectativas positivas para o primeiro semestre de 2019. No Oriente Médio e na África os níveis são um pouco menores (6 empresas em 10 com níveis mais altos de incerteza).
Em termos de lucro operacional, 44% das empresas de todas as regiões declararam um aumento de mais de 10% para o ano de 2017 em comparação com 2016. As maiores proporções de empresas declarando tal aumento são observadas na Índia (72%), Alemanha e EUA (70%).
No entanto, as perspectivas para 2018 são atualmente mais baixas no mundo todo, com 37% das empresas esperando um aumento de lucro de mais de 10%. Assim, embora ainda haja uma participação muito saudável de empresas (35% a 45%) que, em cada um dos mercados analisados, esperam que seus lucros aumentem em mais de 10% em 2019, essa parcela de empresas otimistas é menor do que um ano atrás. Isto indica uma abordagem mais cautelosa à luz dos desenvolvimentos internacionais.
Principais problemas de negócios
Quando questionados sobre suas principais questões comerciais, as empresas relatam quatro preocupações principais: “Estado da economia no mercado doméstico” (24% na pesquisa atual, queda de 1% em relação a 6 meses atrás); “Concorrência de dentro da indústria” (18%, queda de 3% em relação a 6 meses atrás); “Desenvolvimentos econômicos globais” (18% na pesquisa atual, aumento de 2% em relação a 6 meses atrás); e “Desafios internos” (17% na pesquisa atual, um aumento de 1% em relação a 6 meses atrás).
Para vários mercados nacionais, as questões específicas apareceram de maneira acentuada na pesquisa: “Estado da economia no mercado interno”, liderado pelo Brasil com 37% dos entrevistados e seguido por Rússia (33%), África do Sul (32%), Irã e México (31%); “Concorrência de dentro da indústria” na Indonésia (33% dos perguntados) e Macau (32%); e “desenvolvimentos econômicos globais” na Alemanha (31% dos entrevistados).
Digitalização
Com a aceleração da digitalização em empresas em todo o mundo, esta edição do Barômetro incluiu, pela segunda vez, perguntas sobre o estado da atividade digital nas empresas. Os resultados desta edição indicam que o “Índice de Implementação de Digitalização” (DIX) em direção a uma “digitalização completa” está agora em 32 globalmente, um pouco acima (+1) da pesquisa inaugural do ano passado.
Sessenta e quatro por cento dos participantes da pesquisa relataram que adicionaram serviços /produtos digitais (como aplicativos, publicidade digital, sinalização digital) em exposições já existentes e 54% afirmaram que mudaram processos internos e fluxos de trabalho para serem mais digitais.
A Alemanha, o Reino Unido e os EUA são identificados como os mercados de exposições que estão atualmente mais ativos no processo de transformação digital, com os respectivos escores DIX de 46, 44 e 42.
O 21º Barômetro da UFI, foi realizado em colaboração com 12 associações que são filiadas a UFI: AAXO (Associação de Organizadores de Exibições Africanas) e EXSA (Associação de Exposições e Eventos da África Austral) na África do Sul, AEO (Associação de Organizadores de Eventos) no Reino Unido, AFIDA (Asociación Internacional de América) para a América Central e do Sul, AMPROFEC (Associação Mexicana de Profissionais de Feiras e Exposições e Convenções) no México, EEAA (Associação de Exposições e Eventos da Australásia) na Austrália, IECA (Indonésia Exhibition Companies Association) na Indonésia, IEIA (Associação Indiana da Indústria de Exposições) na Índia, MFTA (Associação de Comércio Justo de Macau) em Macau, SISO (Organizadores Independentes de Mostras) nos EUA, TEA (Thai Exhibition Association) na Tailândia e UBRAFE (União Brasileira dos Promotores Feiras) Brasil.
Os resultados completos do Barômetro podem ser baixados em www.ufi.org/research. O próximo Barômetro Global da UFI será realizado em dezembro de 2018.
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