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Ofensiva da Rússia provoca seu banimento de feiras, eventos esportivos e culturais

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As sanções impostas por diversos países à Rússia desde que o país iniciou uma escalada hostil contra a Ucrânia tem provocado uma série de consequências para o país no mundo dos eventos.

No setor de feiras de negócios, as principais organizadoras multinacionais deram declarações em suas redes sociais pedindo o fim do conflito entre os dois países.  

A Messe Düsseldorf foi além e decidiu suspender as atividades comerciais do grupo na Rússia até novo aviso. Isso também inclui as atividades da subsidiária Messe Düsseldorf Moscou.

Três das principais feiras do livro do mundo – Feira do Livro Infantil de Bolonha, Feira do Livro de Frankfurt e Feira do Livro de Londres – também anunciaram que não abrigarão um pavilhão russo em suas próximas edições.

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Realizada nesta semana, o MWC Barcelona também retirou o pavilhão russo de seu evento e condenou “veementemente a invasão russa da Ucrânia.”

O IMEX Group confirmou que as empresas estatais russas foram suspensas de participar da IMEX Frankfurt, que acontece de 31 de maio a 2 de junho: “um resultado direto da agressão militar em andamento.”

A Clarion Gaming, braço da organizadora para eventos com foco na indústria de jogos de azar, informou que suspendeu a participação de todos os tipos de representantes russos e bielorrussos em seus eventos.

Nos eventos culturais a organização responsável pelo Festival de Cannes anunciou que baniu a presença da delegação russa na edição de 2022, caso o atual cenário belicoso se mantenha nos próximos meses.

O Festival de Cannes 2022 está previsto para acontecer entre os dias 17 e 28 de maio e a medida ainda poderá ser revista caso a escalada cesse.

O museu Amsterdam Hermitage, na Holanda, que montou sua coleção em cooperação com o famoso Museu Hermitage de São Petersburgo anunciou que está “cortando laços” com a Rússia.

O museu disse que seu conselho tomou a decisão de encerrar a cooperação de 30 anos entre os dois museus, mas espera que os laços possam um dia ser restaurados se houver “mudanças na Rússia”.

Os estúdios Disney, Warner Bros e Sony anunciaram o cancelamento “por tempo indeterminado” de seus filmes nos cinemas russos, enquanto a Netflix disse que não acatará decisão do Kremlin para que ela transmita 20 canais de TV do país em seu streaming.

GOLPE DURO NO ESPORTE

Por mais que as ausências nos eventos listados acima causem um grande impacto para a Rússia, é na área dos eventos esportivos que o evento tem sido fortemente atingido.

Além da proibição de diversos atletas russos e bielorrussos em competições internacionais, tanto Rússia como Bielorrússia estão perdendo competições que estavam agendadas para acontecer em seus territórios.

Em resposta à invasão da Rússia na Ucrânia, a Fórmula 1 decidiu não realizar o GP da Rússia da temporada 2022.

Em um comunicado, a categoria disse observar os desdobramentos no Leste Europeu com “tristeza e choque” e apontou o papel unificador do esporte como razão para a mudança. A prova estava marcada para 25 de setembro.

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) determinou que pilotos russos e bielorrussos ainda poderão competir nos campeonatos organizados pela entidade, desde que com uma bandeira neutra.

No entanto, a federação britânica de automobilismo tomou uma decisão que pode afetar o grid da Fórmula 1, com Nikita Mazepin, e de outras importantes categorias. A entidade suspendeu pilotos russos de corridas no território britânico.

A FIA declarou também que nenhum evento da organização será realizado na Rússia ou Bielorrússia até segunda ordem.

No futebol, a FIFA e a UEFA anunciaram a suspensão de times da Rússia de todas as suas competições até nova ordem. A decisão, por consequência, suspende a participação da seleção masculina do país nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, e na Copa do Catar em si.

A UEFA também decidiu transferir a final da Champions League, marcada para o dia 28 de maio. O jogo que até então aconteceria em São Petersburgo, na Rússia, agora acontecerá no Stade de France, em Paris.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) emitiu um comunicado, na última sexta-feira (25), recomendando às federações internacionais que transfiram a sede ou cancelem eventos esportivos que estejam planejados para acontecer na Rússia ou em Belarus.

Seguindo estas orientações, a Federação Equestre Internacional (FEI) removeu todos os eventos equestres internacionais que seriam realizados na Rússia e na Bielorrússia em 2022.

A Rússia também foi proibida de competir em eventos internacionais de patinação no gelo e hóquei – o esporte favorito do presidente Vladimir Putin.

A União Internacional de Patinação, o órgão que administra o esporte em todo o mundo, disse que nenhum atleta da Rússia ou da Bielorrússia “será convidado ou autorizado a participar” de eventos até novo aviso.

A Federação Internacional de Vôlei disse que não sediará mais na Rússia os campeonatos mundiais masculinos em agosto e setembro e buscaria outro país ou países anfitriões.

Rússia e Bielorrússia também foram proibidas de realizar eventos mundiais de Xadrez. A federação internacional de Xadrez (FIDE), retirou de Moscou da Olimpíada de Xadrez de 190 nações, que deveria ocorrer em julho.

Além disso, jogadores russos e bielorrussos estão proibidos de exibir bandeiras nacionais em eventos classificados pela FIDE e hino nacional não será tocado.

A FIDE também encerrará todos os acordos de patrocínio com empresas sancionadas e/ou estatais russas ou bielorrussas.

O Ironman Group, tradicional organizador de provas de triátlon, baniu atletas russos e bielorrussos de todos os próximos eventos deste ano, incluindo o campeonato mundial de maio, em Kona.

A Federação Internacional de Escalada Esportiva também votou por suspender todos os atletas e oficiais russos e bielorrussos de seus eventos. A federação também suspendeu todas as competições planejadas para serem realizadas nestes dois países até novo aviso.

Atletas russos e da Bielorrússia não poderão competir nos Jogos Paralímpicos de Inverno, que começa hoje (4) em Pequim, segundo informou o Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

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