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Pesquisa da ALAGEV aponta que empresas voltam a investir em viagens e eventos corporativos em 2018

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Fornecedores e gestores de viagens corporativas associados à Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV) integram a primeira edição do estudo “Comportamento dos Gastos de Viagens e Eventos Corporativos”, idealizado e realizado pela entidade para avaliar o desempenho do setor entre os meses de janeiro e junho de 2018 e traçar um panorama do segundo semestre do setor.

Multisetorial e integrada, de um lado, como clientes, por grandes e médias corporações de diferentes segmentos econômicos, e, de outro, como fornecedores, por empresas de toda cadeia de viagens, entre as quais estão redes hoteleiras, companhias aéreas e organizadores de eventos, a ALAGEV ouviu 10% de seus associados e revela que os primeiros seis meses do ano superaram o mesmo período de 2017.

Entre os gestores de viagens corporativas, 20% afirmam que o crescimento ficou entre 5 e 10%, enquanto 13% confirmam o crescimento de 5%, mesmo índice de quem afirma ter superado o ano passado em mais do que 10%. Dos demais ouvidos, 7% dizem que o mercado não oscilou, 27% falam em queda de mais de 10%, enquanto 13% estimam que o comportamento de gastos de sua empresa foi mais baixo entre 5 e 10%, e 7% dizem ter investido menos 5%.

Em relação a eventos corporativos, a pesquisa aponta que as empresas estão voltando a investir também. Segundo o levantamento, 50% dos gestores de eventos afirmaram que houve crescimento superior a 10% em investimento no primeiro semestre de 2018.

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Já 67% dos fornecedores apontam crescimento nos primeiros seis meses do ano: 25% dos associados participantes do estudo cresceram mais do que 10% e entre 5 e 10%, enquanto 17% cresceu até 5%. Os respondentes representantes da indústria fornecedora do setor que informaram ter havido queda no período somam 21% dos entrevistados. Desse total, 9% informam diminuição em até 5%, 4% confirmaram baixa entre 5 e 10%, e 8% dos associados confirmam que os investimentos diminuíram em mais de 10%.

“Como entidade multisetorial, nós ouvimos tanto o comprador como o fornecedor da indústria. Podemos afirmar que o ano começou bem em ambos os elos”, diz Eduardo Murad, diretor-executivo da ALAGEV e responsável pela condução do estudo. De acordo com Murad, o comportamento do setor de viagens corporativas acompanha a economia. “Se há mais investimentos, mais negócios gerados, consequentemente mais viagens e eventos são realizados”.

O diretor-executivo acrescenta: “Muitas empresas não enxergam viagens e eventos como um investimento, mas como uma despesa. Em momentos de economia recessiva é comum empresas implementarem políticas de congelamento ou redução das viagens. Na verdade, é possível fazer um gerenciamento estratégico de viagens para que a empresa continue viajando e alavancando negócios sem a necessidade de cortes. Ai que entra o papel estratégico do gestor de viagens e eventos”.

Segundo semestre

Depois de um primeiro semestre impactado, além da instabilidade econômica, pela greve dos caminhoneiros, a expectativa é de crescimento entre os meses de julho e dezembro, mesmo considerando a influência da copa e das eleições no Brasil. “Tradicionalmente, nosso mercado é mais aquecido no segundo semestre. Existe certa preocupação com as eleições que podem impactar e puxar este crescimento para baixo. No entanto, metade dos associados está otimista e prevê crescimento”, diz Murad.

O aumento informado por Murad foi confirmado pelos gestores de viagens e de eventos corporativos. Do total de respondentes, 50% dos associados disseram que a previsão é de crescimento de investimento em eventos corporativos na ordem de 5 a 10%, enquanto a outra metade prevê crescer 5% o incremento em eventos. Inclusive, 50% dos respondentes disseram que a previsão de investimento em eventos deve crescer de 5 a 10% no segundo semestre deste ano, se comparado aos primeiros seis meses.

Entre os gestores de viagens corporativas, a expectativa de crescimento do segundo semestre (em relação ao primeiro) de 2018 integra a agenda de 36% dos participantes – 14% esperam crescer entre 5 e 10% e 22% dos entrevistados acreditam que o crescimento será de até 5%.

Já os fornecedores estão mais otimistas: 51% dos entrevistados acreditam no crescimento. Desse total, 21% acreditam que o crescimento será até 5%, 13% preveem alta entre 5 e 10% e 17% estão confiantes em um crescimento superior a 10%. Parte importante deste grupo preferiu não responder: 21%. E 8% dos executivos de empresas fornecedores estimam a manutenção da performance no segundo semestre. A queda é prevista apenas por 20% destes profissionais: 8% deles acreditam em baixa de até 5%, enquanto 4% esperam diminuição de mais de 10% e outros 8% entendem que os gastos serão diminuídos entre 5 e 10%.

“Em geral, o segundo semestre é mais forte, o que se explica, em geral, pelo calendário brasileiro, com férias em janeiro e carnaval em fevereiro – às vezes, em março, além da própria organização do budget das empresas”. De acordo com o executivo, neste ano não será diferente, mas acredita-se que o pico segue até setembro, antes das eleições, e “o que é atípico, pois outubro sempre é um mês muito bom para nosso setor”, destaca Murad.

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