Um dos maiores problemas da humanidade há décadas é a escassez de água, e nos últimos anos vem se agravado ainda mais. É previsto que até 2025 a demanda por água doce exceda 50% deixando um terço da população mundial sem acesso rápido à água potável.
Atrás de alternativas práticas e da utilização inteligente desse recurso em processos industriais e no dia a dia, acontecerá na cidade de São Paulo em 2017, o Congresso Mundial de Dessalinização e Reuso da Água, evento internacional bienal que pela primeira vez será realizado na América Latina.
São Paulo concorreu com a Cidade de Kuwait, nos Emirados Árabes e Busan, na Coreia do Sul para sediar o evento. O processo de candidatura acontece desde 2010 e graças ao esforço e trabalho continuo do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) a capital paulista foi a eleita.
“A seca do momento que cidades e estados do Brasil estão passando aumenta a importância do Congresso, mas, independente da crise, a demanda de água, no geral, é tão alta que todas as possíveis fontes do recurso devem ser consideradas, incluindo a dessalinização e o reuso. O assunto é de extrema urgência, pois a quantidade de água disponível e a forma como ela é utilizada hoje afeta diretamente a sociedade e a economia de um país” comentou Emilio Gabbrielli, Vice-Presidente da IDA, International Desalination Association and Water Reuse, e Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Toray.
No Brasil, a dessalinização para produção de água potável já é usada em regiões que sofrem da falta do recurso, como o sertão do Ceará e até mesmo em Fernando de Noronha, que é cercado por água marinha. Para Gabbrielli, o custo de manutenção de equipamentos de dessalinização que é visto como um grande desafio é um mito.
Na Petrobras, a dessalinização e reuso da água já são praticadas e essenciais para a sustentabilidade do negócio, uma vez que a quantidade de água de exigida em seus procedimentos.
“Dessalinização e reuso são tão custosos quanto outros tratamentos, por isso, o Congresso tem como objetivo trazer essa discussão e conscientização desses processos como alternativas viáveis, apresentar novas tecnologias, pesquisas e estudos da área, além de ser uma oportunidade das próprias empresas brasileiras mostrarem o que já fazem” aponta Emilio Gabbrielli.
Em 2001, o Brasil e mais 120 nações assinaram o Tratado de Estocolmo, que aborda a emissão e tratamento de Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs). A cidade também foi escolhida para realizar o Simpósio Internacional DIOXIN 2015 (35th International Symposium On Halogenated Persistent Organic Pollutants), de 23 a 28 de Agosto, no Hotel Maksoud Plaza.
O encontro é realizado anualmente desde 1980, sendo o evento deste ano o primeiro na América Latina. O Simpósio trará doze temas básicos sobre POPs, além de marcar o fim elaboração do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo, conforme compromisso assumido pelo Brasil em 2004.
Em 2016 São Paulo será palco para outro evento, o Simpósio Internacional de Controle de Contaminação, de 17 a 23 de Setembro, no Centro de Convenções Rebouças, que trará novidades e pesquisas no segmento de controle de contaminação em ambientes fechados.
Os 3 eventos citados para os próximos anos possuem o perfil ICCA (International Congress and Convention Association), ou seja, são associativos, internacionais, com periodicidade definida, rotativos e com participação mínima de 50 pessoas.
Fonte: SPCVB
