O setor de evento holandês uniu-se à campanha “Sound of Silence”, movimento que teve início no começo deste mês, na Bélgica. A iniciativa viu grupos de belgas denunciarem o governo pela falta de apoio no setor de cultura e eventos, alterando suas fotos de perfil para uma cruz laranja “Sound of Silence” e tweetando com a hashtag #SoundOfSilence.
A campanha foi lançada em 10 de agosto, quando a recém-formada “Consulta do Setor ao Vivo” do país alertou, em uma carta aberta, que dezenas de milhões de euros são necessários para evitar o colapso da indústria belga de música ao vivo.
“O coronavírus e seu impacto são transnacionais. Muitas iniciativas também estão surgindo na Holanda e também estamos sentindo uma pressão crescente para agirmos. Os Países Baixos estão juntando suas forças”, explica Jolanda Jansen, diretora da arena holandesa Rotterdam Ahoy e porta-voz da aliança.
A campanha holandesa está sendo liderada pela Alliance of Event Builders (Alliantie van Evenementenbouwers), uma nova organização guarda-chuva que compreende a associação de promotores VVEM, associações de festivais, espaços de eventos e outras entidades da indústria.
A Holanda relaxou seus regulamentos sobre o coronavírus a partir de 1º de julho, removendo o limite de capacidade para eventos internos e externos sentados, desde que os visitantes tenham feito exames de saúde antes de entrar. O limite de capacidade para eventos que não realizam exames de saúde aumentou para 100 em locais fechados e 250 para shows ao ar livre a partir de 1º de julho. Os festivais na Holanda precisam obter licenças das autoridades locais antes de poderem ser reiniciados.
Iniciativas semelhantes a Sound of Silence foram lançadas em toda a Europa, incluindo a campanha #WeMakeEvents do Reino Unido, que foi organizada pela Professional Lighting & Sound Association (Plasa) para aumentar a conscientização em torno dos freelancers que trabalham em eventos ao vivo e no setor de entretenimento.
