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SP–Arte inaugura espaço permanente em 2023 

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Mais relevante feira de arte e design da América Latina, a SP–Arte inaugura, no dia 18 de março, seu primeiro espaço permanente, dedicado à realização de exposições e eventos.

A Casa SP–Arte está instalada na Vila Modernista e ocupará o único imóvel – entre os 17 que compõem a vila – inteiramente restaurado em sua versão original.

“Depois de quase 20 anos de trabalho organizando com sucesso várias feiras de arte, queríamos dar um passo a mais”, explica Fernanda Feitosa, diretora da SP–Arte.

“Abrir um espaço permanente nos permite dar asas a projetos próprios (que são muitos!) e de galerias parceiras”, completa a executiva.

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A Casa SP–Arte será inaugurada com a exposição Hélio Oiticica: mundo-labirinto, organizada pela Gomide&Co e por Luisa Duarte, diretora artística da galeria.

A mostra reúne obras de diferentes fases da produção de Oiticica (1937-1980), incluindo suas investigações de caráter construtivo sobre o plano bidimensional e propostas experimentais que dialogam sobre arte e vida e sobre arte e cultura pop.

Compõem a mostra obras produzidas a partir de 1955, incluindo trabalhos do Grupo Frente, e produções dos anos 1970.

Algumas obras do artista, inclusive, ressaltam a arquitetura modernista da casa. É o caso de Relevo espacial (vermelho), 1959-1960.

Entre os destaques, está o desdobramento inédito de uma Cosmococa (CC4) executada por Neville d’Almeida (1941) para a exposição.

Trata-se de uma versão doméstica da CC4, algo planejado por Oiticica em vida, mas nunca realizada. Cosmococa é um ambiente multissensorial de experimentação que busca levar a arte ao mundo sensorial.

O projeto CC4 é composto por projeções, água e som. A CC4 tem como referências as obras de John Cage (1912-1992) e dos irmãos Haroldo (1929-2003) e Augusto de Campos (1931).

Deste último, faz parte da instalação o poema dias, dias, dias. Além da Cosmococa, mais de 15 obras completam a exposição.

Também merece destaque o primeiro Penetrável (PN1), que ocupará o centro da galeria. Construído pelo artista em 1961, a instalação é uma homenagem ao crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981).

Uma série de Metaesquemas (MET 021, 023, 025, 026, 090, 098, 106 e MET 107) estará presente.

Essas obras já trazem consigo a ideia de movimento, fundamental para a produção de Oiticica que viria a seguir.

Assim, é possível entender os Metaesquemas como um prólogo do primeiro Penetrável (PN1), que compõe o centro da exposição.

Já os Bólides (B07 Bólide vidro 01, B09 Bólide caixa 07, B10 Bólide caixa 08 e B14 Bólide caixa 11) e Parangolés (P31 Parangolé capa 24 Excrerbuto) podem ser interpretados como prolongamentos das ideias firmadas no PN1, como aquela que apresenta um “corpo da cor”.

Uma réplica do P25 Parangolé capa 21 Xoxoba poderá ser experimentada pelos visitantes.

Serviço:

Exposição Hélio Oiticica: mundo-labirinto

Abertura: 18 de março, das 14h às 20h (entrada por ordem de chegada e sujeita à capacidade do espaço)

Período expositivo: até 22 julho de 2023

Horário de visitação: de terça a sábado, das 11h às 17h (entrada por ordem de chegada e sujeita à capacidade do espaço)

Endereço: Alameda Ministro Rocha Azevedo, 1.052 – Jardins

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