Chama o Bueno que ele faz!

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A incrível trajetória de Ricardo Bueno que começou pintando faixas e hoje é um dos empresários mais bem sucedidos do setor de comunicação visual do Brasil

 

O telefone chama e um homem com um tom de voz forte atende ao telefone. Era um final de tarde quando começa a entrevista. Na conversa, fica fácil perceber que esse empresário tão importante e respeitado no meio, se tratava de uma pessoa simples, bem humorada e de um enorme coração……

Hoje Ricardo Bueno, 47 anos, nascido e criado em São Caetano do Sul, relembra sua história e como tudo começou.

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Com 17 anos, ainda na escola descobriu sua aptidão por desenhos e gosto pela  comunicação visual.

“Comecei pintando faixas, na verdade pintando uma faixa para a Leila quando tinha 15 anos”, diz Ricardo Bueno.  Leila é hoje sua esposa, sócia e fiel escudeira. O que havia na faixa? Ricardo ri, e diz que essa é uma pergunta que ninguém havia feito até hoje, mas responde:  “Não ande na minha frente, posso não seguir-te. Não ande atrás de mim, posso não guiar-te. Ande ao meu lado e seja simplesmente minha namorada”.

Assim começou a sua carreira e também sua relação com Leila, uma pessoa de extrema importância em sua vida.

“Estou com a Leila há 30 anos. No escritório sentamos um de frente para o outro”, comenta Ricardo, e resume apaixonado, “Ela é 50% de mim, um completa o outro entende? Somos um corpo só. Não tem como contar a minha história sem a dela. Eu era uma pedra bruta e ela me lapidou. Ela é fantástica!”.

E não é para menos, Leila formada em administração cuida dos negócios e da vida pessoal do marido. “Graças a Deus nunca mexi com dinheiro, sempre gostei de arte. Nunca paguei uma conta, se me perguntar se eu tenho conta corrente direi que não sei!”, se diverte Bueno.

O empresário diz ter uma vida simples. “Eu vivo simples, sem luxo. Meu luxo é poder estar falando com você!” Neste momento uma voz diferente surge ao fundo e a entrevista é interrompida. Era Dona Ivone, sua “babá” como diz Ricardo, que comenta: “Me desculpa, era a Dona Ivone me trazendo um copo de café com bolo de laranja.  Esqueci de te falar, faz alguns dias  que não vou para a empresa, estou dando um tempo sabe!”.

Na verdade Ricardo Bueno voltou a estudar. Está cursando Arquitetura na UNIP.

“Estou em casa fazendo trabalho da faculdade. São projetos de prédios em São Paulo”, comenta ele. Diz estar três dias quebrando a cabeça e sem dormir para terminar o trabalho à tempo. Será que a reportagem atrapalhou? Bueno, surpreendentemente diz que não, muito pelo contrário. “Estou três dias trabalhando neste projeto e conversando com você me sinto recarregado. Você tem uma alma boa”.

Ricardo Bueno é assim. Uma pessoa muito intuitiva e muito amiga de que quem o rodeia.

“Quando começamos a trabalhar com shows, meus amigos eram meu staff. E eu não suportava vê-los trabalhando na chuva, no sol, no frio etc. Sempre dizia para mim mesmo que um dia ia tirar a gente desse sufoco e iriamos começar a trabalhar em casas de shows”, relembra.

E assim foi. Um dia apareceu seu amigo Xandico que na época trabalhava no Via Funchal (importante casa de shows de São Paulo), que lhe apresentou a Loira, pessoa responsável pela cenografia da casa.  “Ela me perguntou se eu conseguiria fazer a cenografia daquele palco, pois, ela estava com dificuldade, e eu disse que sim, que faria”.

Era o início de seu trabalho nas principais casas de show do Brasil, tendo feito projetos cenográficos de bandas respeitadas como Rolling Stones, Michael Jackson, Roberto Carlos entre outros.

“O que ninguém conseguia fazer, chamavam o Bueno que ele fazia”, ri Ricardo lembrando dos velhos tempos. Hoje sua equipe conta com 55 pessoas no staff, mas mesmo assim, Ricardo não se esquece dos amigos.

Ele terceiriza muitos serviços, mas faz esse trabalho com ex-funcionários que saíram da Bueno e montaram sua própria empresa. “A Bueno não é uma empresa, é uma escola, não guardamos segredos”, diz, e completa, “Todo mundo nasceu com um Sol, todo mundo tem direito de ganhar dinheiro, mas cada um tem que olhar o seu ponto sem cobiçar o que é do outro. Tudo está reservado”.

E a Copa?  Ricardo conta que já foi bastante solicitado, montando inclusive uma estrutura em LED na Arena Corinthians e alguns outros trabalhos.  “Mas tem muitos aventureiros nesse meio e preferimos tirar o pé um pouco”, responde com ressalvas.

A Bueno Br. Cenografia se declara uma empresa com um atendimento genuinamente brasileiro.  Ricardo explica que esse é o DNA da Bueno, uma empresa que trabalha paixão, alma e coração. “É o espirito na frente dos negócios, é o jeito verdadeiro de ser e isso surgiu naturalmente não é marketing”.

Após quase duas horas de entrevista, uma última pergunta. Ricardo você se acha um vencedor? Qual é a fórmula para o sucesso? “Pessoalmente me considero um vencedor, pois, ter uma empresa no Brasil não é fácil. Todo dia a gente leva um susto”, diz ele, e finaliza, “Não sei falar o que eu fiz, só sei que consegui”.