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Confira como foi feito o show imersivo e virtual da final da Champions League

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Aproximadamente 380 milhões de pessoas assistiram à Cerimônia de Abertura da Final da Liga dos Campeões da UEFA deste ano, na cidade do Porto (Portugal), e que contou com apresentações do DJ Marshmello, Selena Gómez e Khalid.

Os artistas mergulharam em um tour virtual deslumbrante em cima de um globo em movimento e pelas dezesseis cidades das equipes que chegaram à fase final, todas encenadas em um Estádio do Dragão 3D – versão virtual do palco da final.

Em um show de seis minutos, os seis artistas pularam para o gramado revendo os sucessos mais conhecidos do DJ, acompanhados por um show pirotécnico no estádio, enquanto na televisão o show se tornou uma viagem virtual em tempo real.

Por meio da produção virtual em tempo real e da geração de cenários 3D fotorrealistas, o show usou rastreamento de câmera 3D para integrar Marshmello em um mundo de sua própria imaginação e criar um show envolvente onde os artistas percorreram diferentes cidades e cenários.

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Até que o campo de jogo fosse inundado em um imenso oceano onde eles puderam realizar uma coreografia aquática.

O conceito criativo da peça foi desenvolvido pelo artista e cenógrafo britânico Es Devlin, famoso por também ter desenhado o último show do Super Bowl.

Hoje sabemos que o espetáculo, que envolveu meses de preparação e trabalho e mais de cem profissionais – incluindo equipe técnica, artistas, dançarinos e músicos – foi realizado em grande parte por uma empresa espanhola.

Realidade Virtual

Centenas de milhões de espectadores puderam desfrutar do espetáculo que a MR Factory, de Madrid, criou. A empresa é especialista em produção virtual em tempo real e geração de cenários 3D.

Contratada pela YA Productions, sediada em Los Angeles, a MR Factory conta que o projeto envolveu mais de 75 profissionais e “foi um desafio de tecnologia contra o relógio, para o qual utilizamos tecnologia e ferramentas de ponta”, afirma Oscar Olarte, cofundador e CTO da empresa.

O processo envolveu o uso de servidores GPU com mais de 50 placas gráficas Nvidia RTX 3090 e ferramentas de software como os mecanismos de renderização Octane Render da Otoy’s e Epic Games Unreal Engine.

Atualmente a MR Factory é a única empresa espanhola homologada como parceira da Epic Games na produção virtual graças a um sistema próprio denominado MR Box.

A notícia da mudança de local apenas duas semanas antes do evento foi, sem dúvida, o momento mais crítico do processo de produção.

A empresa trabalhou todo o projeto tendo como palco o Estádio Atatürk, em Istambul, e já havia praticamente terminado a produção. Foi quando veio a mudança que, por conta da COVID, a final se mudaria para o Porto, colocando em dúvida a viabilidade de transmissão do espetáculo.

“Graças ao empenho e esforço extraordinário de toda a equipe, o que a princípio parecia um objetivo impossível de mover toda a ação para o novo local, foi alcançado. Mas isso significou ‘construir’ o novo estádio em menos de uma semana e refazer praticamente todas as filmagens na semana seguinte”, explica Juan L. Bravo, gerente geral da empresa.

A MR Factory trabalhou no ano passado com uma variedade de produções, entre as quais vale destacar o “Unlimited Access “, um ato de lançamento do PlayStation 5 estrelado pelo influenciador mundial El Rubius.

Compõem ainda o portfólio da empresa cenas de produção virtual para séries da NETFLIX e também para vários longas-metragens. Atualmente, estão imersos em uma série da Amazon Originals, na qual também aplicarão seus inovadores sistemas de produção virtual.

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