ESG – Negócios graduando, Comunicação na pré-escola

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Esta última Semana do Meio Ambiente foi uma grande oportunidade para aprender mais sobre os princípios ESG (Ambientais, Sociais e Governança) que indiscutivelmente traduzem o que se chama “sustentabilidade” , a ponto de se tornarem não só opções para consumidores escolherem produtos e empresas , mas índice financeiro que impacta diretamente o valor das marcas.

Muitas Lives, podcasts, artigos e pesquisas foram disponibilizados gratuitamente. Listo algumas fontes ao final do texto.

Mas meu papo aqui hoje é para trazer essa questão para a comunicação e os eventos. É fundamental essa pauta no marketing, comunicação e agências e temos que estar um pouco mais preparados para os desdobramentos e demandas. Uma empresa que faz parte do ISE (Índice da Sustentabilidade) da B3 , por exemplo, provavelmente exigirá ações que cumpram alguns critérios mínimos para execução de seu congresso, ou participação em feiras.

Mas por onde começa? Por você mesmo, primeiro. Não vai dar para falar sobre isso, se pessoalmente não estudar um pouco a respeito e não houver uma reflexão sobre como se contribui com meio ambiente, a sociedade e o papel ético em comportamentos nos negócios, segundo todos os especialistas.

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Depois disso, entender no seu trabalho ou empresa quais são estas contribuições para tentar minimizar os impactos que provocamos nos recursos que consumimos. A proposta de sustentabilidade é zerar essa equação (a melhor definição que ouvi – no Podcast do GAN) entre recursos consumidos e retornos para o planeta, nas 3 esferas – E (environmental), S(social) , G (governance).

No pouco que aprendi até agora aparecem 2 linhas de ação , bastante distantes, acontecendo no momento. Empresas que já entenderam que o valor desses princípios se traduz em retorno financeiro e já estão muito à frente, incluindo fazer parte de índices como o da B3, e outros que sequer tem políticas de reciclagem de lixo, ou ter metas de diversidade e inclusão na empresa por exemplo, e muito menos ter políticas de governança claras com termos de ética, compliance ou transparência.

A propósito, o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 é um check list completíssimo e aberto para quem quiser olhar as empresas e como elas respondem aos critérios solicitados. São 9 dimensões de critérios passando por Ambiental, Econômico-Financeira, Governança Corporativa, Mudança do Clima, Social entre outras.

Só nas dimensões ambientais A e B são 17 indicadores com diversas perguntas a cada item averiguando a relação das empresas com cada indicador (link abaixo). Claro que quem começa precisa ser mais simples, mas pode ser um bom ponto de partida entender as possibilidades ali descritas.

Enquanto isso, os RH’s estão avaliando – segundo o seminário ABRH-SP ESG promovido esta semana – uma forma de validar ainda mais seu papel estratégico nessas composições e como objetivo fundamental, indicar um processo de “letramento” da liderança, segundo a terminologia utilizada por eles.

E para a comunicação e seus desdobramentos, especialmente o Live Marketing?

Na comunicação, o primeiro passo é ser Walk the Talk. Não dá mais para fingir sustentabilidade, o mundo está muito conectado e logo a máscara cai . Portanto, atenção aos projetos que privilegiem essas divulgações se não tiverem sustentação, já fere o princípio na largada. Não adianta ser um grande ator na preservação do meio ambiente e ter relações leoninas com funcionários ou cadeia de parceiros.

Por outro lado, a Comunicação tem um PODER imbatível: ajudar a educar ou reeducar a sociedade diante dos desafios ambientais, sociais e governamentais. De fato somos contadores de histórias em várias formas e podemos MUITO contribuir com estas novas conversas que precisam ser tratadas. Vale lembrar que foi a Propaganda que ensinou muitos hábitos durante sua história, a exemplo de escovar os dentes com creme dental.  E o Live Marketing que é o rei da atenção, sempre consolida experiências que solidificam ainda mais novas maneiras de uso e novos hábitos.

Começar com o briefing é uma estratégia. Que tal incluir no briefing perguntas sobre as 3 esferas em cada projeto? Há oportunidades neste projeto? Lançamento de produto, feiras, eventos, promo, logística…de onde vem os recursos? Tem um pensamento de redução de impacto? Tem uma reflexão ou ação de impacto social envolvida?  A cadeia também envolvida é coerente?

Já imaginou esse pensamento para os Eventos e Feiras de Negócios? O potencial de impacto que pode ser melhorado? Sabemos que sim e que temos o poder de provocar as empresas e educar as pessoas com estas ações.

Naturalmente, será preciso um período de transição entre fazer todo mundo consumir o que as indústrias precisam vender (modelo de negócio vigente), até modelos de negócios que tentem vender mais produtos e serviços com mais aplicações de uso, talvez reutilizáveis ou outras opções e olhares para “crescimento” no mercado.

Uma coisa não se pode negar, é preciso começar já. Há uma recomendação de redução de até 50% do que consumimos de recursos até 2030, aliados a redução de gases e de pobreza extrema pela ONU, entre outros, vale lembrar.

É prioritário olhar para nossos próprios meios de viver a vida com essas premissas em mente, e também iniciar a revisão de como fazemos negócios.

Referências  

Índice de Sustentabilidade Empresarial – B3

http://iseb3.com.br/

Podcast Geração Negócios – Jovem Pan & GAN (Grupo de Atendimento e Negócios) – Spotify

O Papel da Comunicação na Sustentabilidade – 27 de Maio

ABRH – SP – Semana do RH – Desmistificando o ESG (3 dias de evento)

https://www.youtube.com/watch?v=kMmFKrEK4bI

Para outros textos: portalradar.com.br/blogs e www.abrindooolhar.com.br