Experiência, Entretenimento, Propaganda ou Comunicação?

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O experiente profissional e ex-Presidente da Ampro Wilson Ferreira Junior sempre apresentou e defendeu que o casamento entre o live marketing (experiência, que é o que todo mundo busca e anseia, entregue por meio das diversas ferramentas – eventos, promo, ativações, incentivo, trade) e o digital é que constitui o vetor principal de crescimento e evolução das estratégias de comunicação de marcas, produtos e serviços com seus stakeholders.

Mais recentemente, tenho feito algumas análises sobre premiações de comunicação para um projeto da Abrindo o Olhar e tenho visto claramente grandes prêmios ou destaques estarem atrelados a EXPERIÊNCIAS mais do que PEÇAS de comunicação claramente há alguns anos.

Esta semana especialmente escutei de uma grande agência de propaganda em um evento, que vê com clareza que a forma da Propaganda continuar existindo com seu papel – ser capaz de seduzir – será através do ENTRETENIMENTO. As razões defendidas para isso vão desde o ruído que o ambiente digital promove com tanta informação, à potencialização do consumo de conteúdo on demand (gerações que não conhecem intervalo comercial) que deve ampliar com a chegada do 5G.

Pois já que o Conteúdo é Rei, a única forma de se manter conectado com a atenção do consumidor ou cliente será se envolvendo nesse conteúdo e por isso, a leitura de ser entretenimento.

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Como sabemos, as disciplinas de Live Marketing na comunicação já são entretenimento desde sempre, é da sua essência . Conteúdos e experiências fornecidos em eventos,  assim como as experiências conquistadas como prêmios em promoções e feiras , ou ainda nas ativações mais diversas (vide as interações das marcas no BBB, fenômeno no Brasil , ou ativações nos grandes festivais como Rock in Rio) e ações de trade e incentivo que promovem reconhecimento do consumidor ou colaborador por estarem juntos com a marca são prova disso.

Por outro lado, a aceleração digital promovida pela Pandemia trouxe a ampliação em larga escala das ações de live marketing para o universo on line, que agora, além de reverberar, é canal de geração de experiências como eventos de conteúdo, Live de artistas queridos e consagrados e as mais diversas interações (prêmios e experiências dentro de games, lives de compras nas redes sociais)  que através de streamings e outros formatos, também aproximam as disciplinas do formato mais “broadcast”, com técnicas diferenciais de transmissão e interação, onde o conteúdo e formatos digitais especialmente tem que fazer o papel da experiência, ou seja, do ENTRETENIMENTO.

Eu não sei você , mas eu percebo uma convergência clara de que as disciplinas e os profissionais de comunicação terão uma missão muito além das fronteiras e caixinhas e terão que entender e olhar para o CONSUMIDOR OU CLIENTE da marca como foco, ver seus pontos de contato, e promover o ENTRETENIMENTO que atraia sua ATENÇÃO de fato nos diversos momentos da jornada.

Concluo aqui com a seguinte pergunta : Aos profissionais de agências e marcas, não teríamos também que ser um pouco mais abrangentes diante desse desafio, conhecendo um pouco mais sobre as diversas FERRAMENTAS da comunicação (e não disciplinas), para ter repertório de soluções estratégicas aos desafios das marcas e em seguida, como levá-las a quem interessa em forma de entretenimento, variando tom, canais, e todas as táticas maravilhosas que a comunicação nos permite?

Aguardo respostas!