Encerrada na última sexta-feira, 24 de março, a primeira edição da Plástico Brasil – Feira Internacional do Plástico e da Borracha foi considerada um sucesso pelos organizadores e expositores. A feira é uma iniciativa da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), com organização e promoção da Informa Exhibitions.
Primeiro evento do setor no ano, a Plástico Brasil foi palco da mais alta tecnologia, apresentada em primeira mão para o mercado por 400 grandes marcas de toda a cadeia produtiva do plástico: máquinas, equipamentos e acessórios, matérias primas e resinas, moldes e porta moldes, automação industrial e robótica, entre outros produtos, serviços e soluções.
O volume de negócios realizados marcou o início da retomada de crescimento da atividade industrial, depois de dois anos de estagnação. Apenas nas Rodadas Internacionais, foram gerados 30 milhões de dólares em negócios por meio de 180 reuniões realizadas entre fabricantes brasileiros e 10 compradores de oito países (Argentina, Colômbia, Costa Rica, Egito, Estados Unidos, Índia, México e Rússia).
Estes compradores vieram à feira a convite do programa Brazil Machinery Solutions, uma parceria da ABIMAQ e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para promover as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, e fortalecer a imagem do Brasil como fabricante de bens de capital.
“A Plástico Brasil assume uma importância ainda maior por representar o início de um novo ciclo de crescimento”, diz José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ. De acordo com o dirigente, a expressiva visitação e o grande volume de negócios superaram as expectativas, e a feira, além de evidenciar a alta tecnologia da indústria brasileira de máquinas, foi testemunha de uma nova fase para o País. “A Plástico Brasil será lembrada como o momento da virada”.
Velloso destaca também o caráter institucional da Plástico Brasil: “É a primeira vez que uma feira para a indústria do plástico é organizada pelas entidades setoriais. O apoio recorde de mais de 70 associações e sindicatos nacionais e internacionais comprova sua enorme representatividade”.
O presidente executivo da ABIQUIM, Fernando Figueiredo, também destaca a importância da feira para o desenvolvimento do setor e a retomada dos investimentos: “A Plástico Brasil ofereceu uma oportunidade para que os visitantes conhecessem as ações da indústria transformadora do plástico e da borracha em benefício do consumidor. A participação das entidades do setor na promoção da feira deu credibilidade ao evento e foi importante para que, logo em sua primeira edição, a Plástico Brasil atraísse expositores e público qualificado. Esse encontro em um ambiente propício para a geração de novos negócios será importante para a retomada do crescimento da indústria química e de máquinas e na geração de novos postos de trabalho”.
Para Gino Paulucci, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da ABIMAQ, a feira foi um sucesso total. “Recebemos no estande da Polimáquinas uma visitação altamente qualificada, formada por tomadores de decisão e pessoal técnico. Muitos negócios foram fechados no próprio pavilhão logo nos primeiros dias”, comemora. Como presidente da Comissão Organizadora da Plástico Brasil, Paulucci colecionou depoimentos positivos dos expositores e garante que a feira marca definitivamente a retomada de crescimento da economia brasileira no geral, e da indústria do plástico em particular.
A Plástico Brasil recebeu a visita de milhares de compradores e profissionais da indústria do plástico, que atendem e atuam nos mais diversos segmentos – construção civil, automóveis e autopeças, embalagem, agricultura, móveis, eletrônicos, instrumentos médicos, vestuário e calçados e eletrodomésticos, entre muitos outros.
O perfil dos visitantes compradores variou entre aqueles que vieram em busca de soluções para implantação de novas plantas ou ampliação das atuais, diversificação da produção e modernização do parque fabril, principalmente no que diz respeito ao ganho de eficiência energética, produtividade e competitividade.
Conteúdo técnico e reciclagem
A Plástico Brasil ofereceu em torno de 60 horas de conteúdo profissional, tecnológico e científico, por meio de seminários sobre a Indústria 4.0 – ministrado por especialistas nacionais e internacionais da VDMA, a associação que representa os fabricantes de máquinas na Alemanha – e sobre Eficiência Energética como diferencial competitivo, além dos workshops de Sustentabilidade e Mobiliários em PVC para crianças com disfunções neuromotoras, a conferência da indústria do PET, palestras ministradas por especialistas e executivos das empresas expositoras na Arena Técnica, uma ilha de Inovação em Materiais Plásticos coordenada por instituições de ensino e pesquisa, e a demonstração inédita do SMED (Single Minute Exchange of Die – Troca Rápida de Moldes), revolucionário sistema que reduz o tempo de parada das máquinas para troca de moldes para cerca de cinco minutos.
Outro projeto revolucionário da feira foi o Recicla Plástico Brasil, promovido em parceria com a Plastivida e Instituto Brasileiro do PVC, com apoio das empresas expositoras Pavan Zanetti, Piovan, Romi e Wortex Máquinas. A ação foi composta por um estande ambientado de forma a expor produtos feitos em plástico no cotidiano dos consumidores e uma Linha de Reciclagem e Transformação funcionando ao vivo dentro da feira, onde os resíduos gerados no evento fora selecionados, tratados, moídos e transformados em novos produtos reciclados por equipamentos de última geração.
Com expectativa de crescer e ser ainda mais relevante para a indústria do plástico e da borracha, a próxima edição da Plástico Brasil acontece de 25 a 29 de março de 2019, no São Paulo Expo.